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Blaise Pascal: Um Cientista de Fé


“Só existem duas espécies de pessoas a quem se possa chamar de razoáveis: ou os que servem a Deus de todo o coração porque o conhecem, ou os que o procuram de todo coração porque não o conhecem”
                                                                                                             Blaise Pascal

Linda frase. Um pensamento óbvio para MUITOS cristãos, porém algumas pessoas talvez me questionem qual a relevância da mesma. E eu diria que o destaque não esta no texto em si, mas no autor deste pensamento.  Blaise Pascal foi um físico, matemático, filósofo moralista e teólogo francês, do séc. XVII que impactou o mundo com sua perspicácia cientifica e intelectual, de modo que ainda hoje nas escolas e universidades somos introduzidos, principalmente as bases da matemática e da física. Blaise Pascal contribuiu decisivamente para a criação de dois novos ramos da matemática: a Geometria Projetiva e a Teoria das probabilidades. Em Física, estudou a mecânica dos fluidos, e esclareceu os conceitos de pressão e vácuo, ampliando o trabalho de Evangelista Torricelli. É ainda o autor de uma das primeiras calculadoras mecânicas, a Pascaline, e de estudos sobre o método científico.
Na literatura, Pascal é considerado um dos autores mais importantes do período clássico francês e é lido hoje como um dos maiores mestres da prosa francesa. Seu uso da sátira e do humor influenciou polemistas posteriores. O conteúdo de sua obra literária é mais lembrado por sua forte oposição ao racionalismo de René Descartes e a afirmação simultânea que a principal filosofia de compensação, o empirismo, também era insuficiente para determinar verdades importantes.
Sua conversão ocorreu aos 31 anos, e apesar de dedicar-se ao Senhor, continuou a atuar no campo da ciência (três anos depois, ele compôs “Elementos da Geometria”). Percebe-se a sua verdadeira espiritualidade, por exemplo, no título dado a um dos seus textos religiosos: “Oração para pedir a Deus a graça de fazer bom uso das enfermidades e outras obras”. Ele mesmo não tinha saúde e morreu cedo de um tumor maligno primeiramente no estômago e depois no cérebro, em 19 de agosto de 1662, um mês antes de completar 39 anos. Ele dizia que “nós podemos tudo com Aquele sem o qual não podemos nada”.
Escreveu o livro “Pensamentos” com o propósito de persuadir os céticos de sua época, quando então predominavam o racionalismo de Descartes (1596–1650), o reducionismo de Montaigne (1533–1592) e o ceticismo do ex-monge italiano Lucilio Vanini (1585–1619). Seu livro, hoje considerado uma obra prima da literatura francesa, tem também outro título: “Apologia da Religião Cristã”.
Encerro por aqui este breve resumo da vida e obra deste valoroso servo de Cristo. Outrossim ressalto que fé e ciência não habitam universos distintos, porém há homens cujos corações e mentes, petrificados, os impedem de perceberem que Deus é MUITO maior do que as mais lindas obras de suas mãos.
Ney Bellas

"Entro em pânico todas as vezes que eu vejo a cegueira e a miséria do homem, sem luz, abandonado a si mesmo, perdido neste canto do universo, sem saber quem aqui o colocou, o que vai fazer e o que acontecerá quando morrer." 
Blaise Pascal

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