Hoje ouvi uma história, um fato ocorrido na cidade de Phoenix nos Estados Unidos. Lá havia um menino de seis anos de idade, internado num hospital, com a saúde muito debilitada em função de uma Leucemia muito agressiva. Seu nome era Billy e o Câncer em seu sangue o estava matando. Sua mãe, sempre ao seu lado, sofria não só por ver o filho amado naquele leito e enfermo daquele modo, mas pela consciência de talvez ele nunca chegasse a crescer e a realizar seus sonhos. Então certa dia, numa conversa descontraída, a mãe perguntou ao pequeno Billy o que ele gostaria de ser quando crescesse. Ele respondeu que gostaria de ser um bombeiro, andar naqueles carros legais e ajudar as pessoas. Sua mãe então decidiu não ficar parada. Naquele mesmo dia foi ao quartel do corpo de Bombeiros da cidade e buscou o capitão. Sentou-se diante dele, expôs a situação de seu filho e lhe pediu para levar o Billy para dar uma volta no carro dos bombeiros. Bob, o capitão, olhou aquela senhora e disse:
- Se a senhora nos permitir posso fazer um pouco mais. Dê-me as medidas do menino e o prepare para daqui a uma semana passar um dia conosco. Vamos confeccionar um uniforme, com jaqueta e capacete. Vamos torná-lo um bombeiro mirim e durante um dia ele nos acompanhará em todos os chamados.
A mãe, talvez num misto de preocupação e euforia, passou as medidas ao oficial e com a ajuda dos médicos e a empolgação de Billy ao saber da notícia, mal percebeu a passagem do tempo e quando percebeu o dia havia chegado. O próprio capitão foi ao hospital, já levando as roupas de bombeiro mirim. Fez questão de vestir o menino e o acompanhar até o quartel, onde numa cerimônia pública o empossou do cargo e onde o menino diante de todos, empertigado e com muito orgulho fez seu juramento solene. A imprensa estava presente, muitas fotos foram tiradas e algumas entrevistas dadas. Mas não ficou por aí, neste mesmo dia ocorreram cinco chamadas e em todos nosso jovem combatente esteve presente, em cada uma delas acompanhado de um dos bombeiros e sempre num carro diferente. Aquele dia foi marcante, tanto para o Billy que ganhou um novo fôlego de vida, quanto para todos que estiveram ao seu lado.
Passados alguns meses, já esgotados os recursos, técnicas e medicamentos, o pequeno Billy dava sinais de que o fim estava próximo. Então a enfermeira chefe, que não achava que alguém devesse partir desta vida sem a presença dos amigos. Ligou primeiramente a família e depois ao chefe do corpo de bombeiros.
- Capitão, o pequeno Billy esta partindo. O Senhor poderia vir estar ao seu lado?
- Posso fazer mais do que isso! Enfermeira, avise as pessoas do hospital para não se assustarem, mas iremos com todos os carros e com as sirenes ligadas. Estaremos aí em cinco minutos e se for possível leve o Billy a janela para que nos veja chegar.
O capitão desligou telefone e no prazo estipulado lá vinha ele com cinco carros zunindo pela avenida em frente ao hospital. A Enfermeira com o pequeno e frágil Billy no colo o levou a janela conforme lhe fora pedido. Quando o grande caminhão parou em frente ao hospital e estendeu a escada magiros até o quarto do menino, ninguém acreditou, mas Billy mesmo sem forças sorriu e seus olhos brilharam. Ainda mais quando dezesseis bombeiros, um a um emergiram de sua janela e se puseram ao seu lado. Por último capitão chegou e o pegou, a mão de Billy bem próximo, pode ouvir quando o menino lhe perguntou:
- Capitão, eu fui realmente um bombeiro?
-O melhor de nós, Billy. O Melhor. – Respondeu, Bob, o Capitão.
Com um suspiro e um sorriso, Billy nos deixou naquela fria manhã de outono.
Assim como essa mãe, Bob, o bombeiro, a chefe da enfermagem e o próprio Billy que possamos fazer mais...Façamos o nosso melhor!
Contribuição: Pr.Ricardo Pereira (Tabernáculo de Nova Vida em Araruama)
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