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NÓS, EVANGÉLICOS...NÃO ODIAMOS MARIA!


Dia desses, numa página cristã do Facebook, vi os comentários revoltados (e equivocados!) de um rapaz católico. Ele esbravejava contra os evangélicos, pois tinha certeza de que os tais odiavam Maria, mãe de Jesus e a quem ele se dizia devoto. Pois bem, já adianto que nem comentei nada na hora. Não me pareceu um momento oportuno, principalmente por ele já estar irritado. Mas, vi com bons olhos e tentei me por no lugar do rapaz, o qual estava indignado e triste por lhe parecer que nós, evangélicos, tenhamos alguma forma de ressentimento ou desprezo por Maria. Então, me permita esclarecer um pouco dessa confusão, ok? 
Em primeiro lugar, se você evangélico, algum dia, mal disse a pessoa de Maria ou de alguma forma a descreveu como alguém desprezível, arrependa-se! Pois esta mulher foi uma valorosa irmã, cujo papel na obra redentora de Cristo foi muito importante. Seu testemunho também foi digno e, ainda hoje, nos serve de exemplo e inspiração. 
Contudo, há um porém, E é aí que devemos avançar com cautela. Infelizmente, Ao longo da História, a Igreja Católica tem elaborado uma série de doutrinas sobre a mãe de Jesus. As quais, quando examinamos as Escrituras, percebemos que muitas dessas doutrinas não vêm da Bíblia. Entenda, a Bíblia nunca menciona Maria como a Mãe de Deus, mas sempre como “Mãe de Jesus” (meter ton Iesous). Deus não tem mãe, apenas Pai. O Filho procede do Pai, “Deus de Deus”, em nem um momento menciona Maria. Apesar de Jesus ser único em sua natureza, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, o caso é que a Bíblia nunca chama Maria de Mãe de Deus. Maria deve ser corretamente chamada, assim como mostra a Bíblia, de “Mãe de Jesus” João 2.1-3 – 19.25; Atos 1.14. Esse título Mãe de Deus nasceu numa confusão teológica criada no Concílio de Éfeso, em 431 a.C, ou seja, no 4º século, ou 3 séculos após a morte do último apóstolo.  Leve-se em consideração o fato de que, justamente em Éfeso, o apóstolo Paulo havia duelado com os seguidores de um outro ícone feminino – Diana dos Efésios, Atos 19. Maria tomou lugar de Diana na devoção popular, principalmente na ala feminina. 
Maria, a mãe de Jesus, era uma mulher que foi descrita por Deus como “agraciada”. A palavra “agraciada” vem do grego, e significa, essencialmente, “muita graça”. Maria recebeu a Graça de Deus. Graça é “favor imerecido”, que significa que é algo que recebemos apesar do fato de que não o merecemos. Maria precisava de graça de Deus, assim como o resto de nós precisa. Maria compreendeu este fato, como declara em Lucas 1:47, “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador.” Maria reconheceu que precisava ser salva, que ela precisava de Deus como seu Salvador. A Bíblia nunca diz que Maria foi qualquer coisa além de uma mulher comum que Deus escolheu para usar de uma forma extraordinária. Sim, Maria era uma mulher correta e favorecida (agraciada) por Deus (Lucas 1:27-28). Ao mesmo tempo, Maria era também um ser humano pecador como todos os outros, que necessitava de Jesus Cristo como seu Salvador, como todas as outras pessoas (Eclesiastes 7:20; Romanos 3:23; 6:23; I João 1:18).
Maria não teve uma “concepção imaculada” – não há qualquer razão bíblica para crer que o nascimento de Maria tenha sido qualquer coisa que não seja um nascimento humano normal. Maria era virgem quando deu à luz Jesus (Lucas 1:34-38), mas a idéia de uma virgindade perpétua de Maria não é bíblica. Mateus 1:25, falando de José, declara: “E não a conheceu ATÉ que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” A palavra “até” claramente indica que José e Maria tiveram união sexual após o nascimento de Jesus. José e Maria tiveram vários filhos juntos depois que Jesus nasceu. Jesus tinha quatro meio irmãos: Tiago, José, Simão e Judas (Mateus 13:55). Jesus também tinha meia irmãs, mas não são nomeadas e nem se conhece seu número (Mateus 13:55-56). Deus abençoou e agraciou Maria dando a ela vários filhos, o que naquela cultura era a mais clara indicação de que Deus estava abençoando uma mulher. 
Uma vez, quando Jesus estava falando, uma mulher na multidão proclamou: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste” (Lucas 11:27). Nunca houve melhor oportunidade para Jesus declarar que Maria era verdadeiramente digna de louvor e adoração. Mas qual foi a resposta de Jesus? “Antes bem aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lucas 11:28). Para Jesus, a obediência à Palavra de Deus era MAIS IMPORTANTE do que ser a mulher que o pôs no mundo. Em nenhum lugar das escrituras Jesus, ou qualquer outra pessoa, dirige qualquer louvor, glória ou adoração a Maria. Isabel, parente de Maria, a louvou em Lucas 1:42-44, mas seu louvor é baseado no fato de que Maria daria à luz Jesus. Não foi baseado em qualquer glória inerente a Maria.
Maria estava perto da cruz quando Jesus morreu (João 19:25). Maria estava com os apóstolos no dia do Pentecostes (Atos 1:14). Entretanto, jamais se menciona Maria depois de Atos capítulo 1. Os Apóstolos, em nenhum lugar, dão a Maria papel proeminente. A morte de Maria não é registrada na Bíblia. Nada é dito sobre Maria subindo aos Céus, ou tendo qualquer forma de papel exaltado no Céu. Maria deve ser respeitada como a mãe terrena de Jesus, mas ela não é digna de nossa adoração ou exaltação. A Bíblia, em nenhum lugar, indica que Maria pode ouvir orações, ou que ela possa ser mediadora entre nós e Deus. Jesus é nosso único defensor e mediador no Céu (I Timóteo 2:5). Se fosse oferecida adoração, exaltação ou orações, Maria diria o mesmo que os anjos: “Adora a Deus!” (Apocalipse 19:10; 22:9). A própria Maria dá para nós exemplo, direcionando sua adoração, exaltação e louvor somente a Deus: “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome” (Lucas 1:46-49).
Agora, quanto ao culto, veneração e homenagens a pessoa de Maria que fique claro que a Bíblia é absolutamente clara ao dizer que devemos adorar somente a Deus. As únicas ocorrências na Bíblia de alguém, além de Deus, recebendo adoração, são em relação a falsos deuses, que são Satanás e seus demônios. Todos os seguidores do Senhor Deus rejeitam adoração a eles dirigida. Pedro e os apóstolos se recusaram a ser adorados (Atos 10:25-26; 14:13-14). Os santos anjos se recusaram a ser adorados (Apocalipse 19:10; 22-9). A resposta é sempre a mesma: “Adora a Deus!”
Direcionar nossas orações a qualquer um que não seja Deus é roubar de Deus a glória que é somente Sua.
Muitos “veneraram” Maria com o uso de estátuas e imagens. E as usam como “amuletos de boa sorte”. Qualquer leitura superficial da Bíblia irá revelar que esta prática é evidente idolatria (Êxodo 20:4-6; I Coríntios 12:2; I João 5:21). Rezar passando os dedos nas contas do rosário é idolatria. Acender velas perante uma estátua ou retrato de santos é idolatria. 
A terminologia não é a questão. Se a prática é descrita como “adoração” ou “veneração”, ou qualquer outro termo, o problema é o mesmo. A qualquer momento que creditarmos algo que pertence a Deus a qualquer outro alguém, isto é idolatria. A Bíblia, em nenhum lugar, nos instrui para que reverenciemos, oremos, confiemos ou “idolatremos” qualquer um que não seja Deus. Devemos adorar somente a Deus. Glória, louvor e honra pertence somente a Deus. Somente Deus é digno de “...receber glória, e honra, e poder...” (Apocalipse 4:11). Somente Deus é digno de receber nossa adoração, exaltação e louvor (Neemias 9:6; Apocalipse 15:4).

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