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Haja o que houver...

Na Romênia , um homem
dizia sempre a seu filho:- Haja o que houver, eu sempre estarei a seu
lado.
Houve, nesta época um terremoto de
intensidade muito grande, que quase alisou as construções lá existentes nesta época.
Estava nesta hora este homem em uma estrada.
Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou
que sua esposa estava bem, mas seu filho nesta hora estava na escola. Foi imediatamente para lá.
E a encontrou totalmente destruída.
Não restou, uma única parede de pé. Tomado de uma enorme tristeza. Ficou ali
ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa (não cumprida), "Haja o que
houver, eu estarei sempre a seu lado".
Seu coração estava apertado e sua vista
apenas enxergava a destruição. A voz de seu filho e sua promessa não cumprida,
o dilaceravam.
Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto
que fazia diariamente segurando sua mãozinha. O portão (que não mais
existia); corredor. Olhava as paredes, aquele rostinho confiante. Passava pela sala do 3º
ano , virava o corredor e o olhava ao entrar.
Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o
mesmo trajeto. Portão, corredor, virou a direita e parou em frente ao que
deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos
um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe. Olhava tudo desolado.
E continuava a ouvir sua promessa: "Haja o que houver, eu sempre estarei
com você".
E ele não estava... Começou a cavar com as
mãos. Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados,
tentavam afastá-lo de lá dizendo:- Vá para casa. Não adianta, não sobrou
ninguém.- Vá para casa.
Ao que ele retrucava: - Você vai me ajudar?
Mas ninguém o ajudava, pouco a pouco,
todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois
viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida. Existiam outros locais com mais esperança.
Mas este homem não esquecia sua promessa ao filho, a única coisa que dizia
para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:- Você vai me ajudar?
Mas eles também o abandonavam. Chegaram os
bombeiros, e foi a mesma coisa...- Saia daí, não está vendo que não pode ter
sobrado ninguém vivo?
Você ainda vai por em risco a vida de
pessoas que queiram te ajudar pois continuam havendo explosões e incêndios. Ele retrucava :- Você vai me ajudar?- Você esta cego pela dor não enxerga mais nada. - Você vai me ajudar?
Um a um todos se afastavam. Ele trabalhou
quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos mas não se afastava dali.
5h / 10h / 12h / 22h / 24h / 30h . Já exausto, dizia a si mesmo que
precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra,
sempre chamando pelo filho ouviu:- Pai... estou aqui!
Feliz fazia mais força para abrir um vão
maior e perguntou:- Você esta bem?- Estou. Mas com sede, fome e muito medo.- Tem mais alguém com você?- Sim, da classe, 14 estão comigo estamos
presos em um vão entre dois pilares. - Estamos todos bem.
Apenas conseguia ouvir seus gritos de
alegria.- Pai, eu falei a eles: Vocês podem ficar
sossegados, pois meu pai irá nos achar. - Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora...- Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu
lado.- Vamos, abaixe-se e tente sair por este
buraco .- Não! Deixe eles saírem primeiro... - Eu sei; que haja o que houver... - Você estará me esperando!
(autor desconhecido)
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